Intervenção na Ass. Munic. sobre o caso Aveiro Basquet
Exma. Assembleia
Exmo. Executivo Camarário
Assunto: Aveiro Basket SAD
Dizem os dicionários que, desporto é: prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade;
Processo de aperfeiçoamento físico e de educação do espírito:
Divertimento;
Recreação.
Neste contexto, o BE defende que, a política da autarquia para o desporto seja direccionada para a criação de adequadas condições de modo a que, os seus munícipes tenham a possibilidade de praticar desporto, elevando assim a sua qualidade de vida.
O BE opõe-se à política que Aveiro tem seguido para o desporto. Discordamos que a lógica de investimento nesta área, seja a construção de dispendiosas infra-estruturas, proibitivas ao público e de apoios e subsídios ao desporto profissional.
A CMA é responsável pela manutenção e concepção do parque desportivo do concelho mas, tem-se furtado a esta tarefa. Nestes espaços desportivos ao ar livre, de um modo geral, acentua-se a degradação, a carência de material e manutenção. Não são oferecidas condições básicas para a prática de desporto à população, o que contrasta com o investimento gigantesco que o desporto em Aveiro teve.
Já passaram mais de dois anos sobre a construção do novo Estádio Municipal e, observamos que este não trouxe qualquer mais-valia para o Município ou para a região. Bem pelo contrário, continua a ser uma dor de cabeça, quer para a CMA quer para o clube que o utiliza. Recentemente, na Assembleia-geral do Beira-Mar, foi mesmo levantada a hipótese, por parte de alguns sócios de o clube, regressar ao velho Estádio Mário Duarte, demonstrando bem a inutilidade, desadequação e a falta de sustentabilidade de uma obra financiada com dinheiros públicos e que aos contribuintes não serve.
Outro exemplo do grande investimento financeiro no desporto profissional, é a SAD Aveiro Basket. Esta sociedade anónima desportiva foi extinta no passado dia 5 de Dezembro, tendo a Câmara Municipal de Aveiro anunciado que assumiria a dívida da SAD na totalidade, cerca de 850 mil euros, ao invés de apenas assumir a parte que lhe competia, ou seja, 40%.
Na sequência disso, o BE, em nome da transparência e do rigor da gestão dos dinheiros públicos, anunciou no passado dia 7 que, iria pedir um parecer ao Tribunal de Contas sobre a legalidade de todo este processo.
Face ao comunicado do BE, apenas se escutou o silêncio. Até que, na reunião de Câmara do dia 11, o Vereador do Desporto, Jorge Greno, confrontado com questões relativas a este ponto por Vereadores da Oposição, afirma que tudo foi uma invenção do BE. O Vereador Jorge Greno afirmou o seguinte: “isso nunca foi dito, nunca foi escrito, a não ser pelo Bloco de Esquerda, que não está representado nem na CMA nem na Aveiro Basket e não haverá qualquer crédito quanto a essa informação.” Segundo a sua versão, daquele dia, a CMA apenas iria pagar a parte da dívida que lhe competia.
Curiosamente, no seu desmentido, o Vereador Jorge Greno dá as razões para a posição da autarquia assumir a dívida na totalidade dizendo que, a CMA era “principal administradora e, em muitas situações, única administradora”. Recorde-se ainda que o deputado municipal e seu colega de partido Miguel Fernandes defendeu, veementemente, a decisão da CMA em assumir a referida dívida, num debate na Aveiro FM.
A consulta da comunicação social anterior ao comunicado do BE não deixa margens para dúvidas, e cito um dos vários órgãos informativos: “A autarquia, detentora de 40 por cento das acções, vai assumir o passivo que rondam 850 mil euros.” Apesar de tudo aquilo que veio na Comunicação Social, apesar da tomada de posição do Bloco de Esquerda, só 5 dias depois o sr. Vereador reagiu sob o questionamento directo dos Vereadores do PS, em reunião de Câmara. Durante todo o tempo, anterior à reunião de Câmara recusou-se a falar à Comunicação Social.
O Vereador Jorge Greno e o Executivo, que insistentemente afirmam não ter dinheiro para satisfazer as necessidades mais prementes da autarquia, preparavam-se para pagar dívidas de outros. O processo era, de facto, legalmente bastante duvidoso e a CMA recuou nas suas intenções perante o iminente recurso ao Tribunal de Contas por parte do BE.
Embora o BE discorde das políticas gerais seguidas pelo Executivo camarário, tem assumido uma postura no sentido de, na sua óptica, as melhorar. O BE fez sugestões e foi o único partido a apresentar propostas de alteração às Grandes Opções do Plano. O BE acedeu ao pedido da Presidente da AM em adiar a inclusão da Proposta de Recomendação sobre o Orçamento Participativo, para a Assembleia seguinte. O BE, contudo, não pode continuar a assumir uma postura colaborante com quem está de má-fé política.
O BE não é um partido de invenções. O Vereador Jorge Greno ao se desmentir a si próprio e ao acusar, levianamente, o BE de mentir, revelou não assumir uma atitude de honestidade e seriedade política que mais que desejável consideramos indispensável.
Deste modo, o Bloco de Esquerda, apenas pode tomar a seguinte posição: pedir a demissão do Vereador Jorge Greno, por não reunir as condições necessárias de confiança política.
Rousseau, nunca se quis assumir como filósofo ainda que estivesse, de facto, na posse de um sistema notavelmente criador, sistema esse que, adopta uma particular perspectiva metodológica, fazendo-nos recuar até a um local de análise, meramente hipotético e mesmo impossível, de qualquer modo, local de referência paradigmático a partir do qual se torna possível pensar e que decorre de uma intuição fundadora que consiste no desenvolvimento do princípio de que: “ a natureza fez o Homem feliz e bom mas, a sociedade deprava-o e torna-o miserável”.
Apelidam-nos de esquerdistas e inventores de mentiras.
É bom que, o visado respeite o eco da sua voz, que foi audível a toda a gente, para que não se agrida intelectualmente e, que o retorno da sua mente não seja um eco de contradições e desonestidade política. Se assim for, que tenha ao menos, uma vez, a verdade pelo seu lado… demita-se!
Aveiro, 26 de Dezembro de 2006
Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
Exmo. Executivo Camarário
Assunto: Aveiro Basket SAD
Dizem os dicionários que, desporto é: prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade;
Processo de aperfeiçoamento físico e de educação do espírito:
Divertimento;
Recreação.
Neste contexto, o BE defende que, a política da autarquia para o desporto seja direccionada para a criação de adequadas condições de modo a que, os seus munícipes tenham a possibilidade de praticar desporto, elevando assim a sua qualidade de vida.
O BE opõe-se à política que Aveiro tem seguido para o desporto. Discordamos que a lógica de investimento nesta área, seja a construção de dispendiosas infra-estruturas, proibitivas ao público e de apoios e subsídios ao desporto profissional.
A CMA é responsável pela manutenção e concepção do parque desportivo do concelho mas, tem-se furtado a esta tarefa. Nestes espaços desportivos ao ar livre, de um modo geral, acentua-se a degradação, a carência de material e manutenção. Não são oferecidas condições básicas para a prática de desporto à população, o que contrasta com o investimento gigantesco que o desporto em Aveiro teve.
Já passaram mais de dois anos sobre a construção do novo Estádio Municipal e, observamos que este não trouxe qualquer mais-valia para o Município ou para a região. Bem pelo contrário, continua a ser uma dor de cabeça, quer para a CMA quer para o clube que o utiliza. Recentemente, na Assembleia-geral do Beira-Mar, foi mesmo levantada a hipótese, por parte de alguns sócios de o clube, regressar ao velho Estádio Mário Duarte, demonstrando bem a inutilidade, desadequação e a falta de sustentabilidade de uma obra financiada com dinheiros públicos e que aos contribuintes não serve.
Outro exemplo do grande investimento financeiro no desporto profissional, é a SAD Aveiro Basket. Esta sociedade anónima desportiva foi extinta no passado dia 5 de Dezembro, tendo a Câmara Municipal de Aveiro anunciado que assumiria a dívida da SAD na totalidade, cerca de 850 mil euros, ao invés de apenas assumir a parte que lhe competia, ou seja, 40%.
Na sequência disso, o BE, em nome da transparência e do rigor da gestão dos dinheiros públicos, anunciou no passado dia 7 que, iria pedir um parecer ao Tribunal de Contas sobre a legalidade de todo este processo.
Face ao comunicado do BE, apenas se escutou o silêncio. Até que, na reunião de Câmara do dia 11, o Vereador do Desporto, Jorge Greno, confrontado com questões relativas a este ponto por Vereadores da Oposição, afirma que tudo foi uma invenção do BE. O Vereador Jorge Greno afirmou o seguinte: “isso nunca foi dito, nunca foi escrito, a não ser pelo Bloco de Esquerda, que não está representado nem na CMA nem na Aveiro Basket e não haverá qualquer crédito quanto a essa informação.” Segundo a sua versão, daquele dia, a CMA apenas iria pagar a parte da dívida que lhe competia.
Curiosamente, no seu desmentido, o Vereador Jorge Greno dá as razões para a posição da autarquia assumir a dívida na totalidade dizendo que, a CMA era “principal administradora e, em muitas situações, única administradora”. Recorde-se ainda que o deputado municipal e seu colega de partido Miguel Fernandes defendeu, veementemente, a decisão da CMA em assumir a referida dívida, num debate na Aveiro FM.
A consulta da comunicação social anterior ao comunicado do BE não deixa margens para dúvidas, e cito um dos vários órgãos informativos: “A autarquia, detentora de 40 por cento das acções, vai assumir o passivo que rondam 850 mil euros.” Apesar de tudo aquilo que veio na Comunicação Social, apesar da tomada de posição do Bloco de Esquerda, só 5 dias depois o sr. Vereador reagiu sob o questionamento directo dos Vereadores do PS, em reunião de Câmara. Durante todo o tempo, anterior à reunião de Câmara recusou-se a falar à Comunicação Social.
O Vereador Jorge Greno e o Executivo, que insistentemente afirmam não ter dinheiro para satisfazer as necessidades mais prementes da autarquia, preparavam-se para pagar dívidas de outros. O processo era, de facto, legalmente bastante duvidoso e a CMA recuou nas suas intenções perante o iminente recurso ao Tribunal de Contas por parte do BE.
Embora o BE discorde das políticas gerais seguidas pelo Executivo camarário, tem assumido uma postura no sentido de, na sua óptica, as melhorar. O BE fez sugestões e foi o único partido a apresentar propostas de alteração às Grandes Opções do Plano. O BE acedeu ao pedido da Presidente da AM em adiar a inclusão da Proposta de Recomendação sobre o Orçamento Participativo, para a Assembleia seguinte. O BE, contudo, não pode continuar a assumir uma postura colaborante com quem está de má-fé política.
O BE não é um partido de invenções. O Vereador Jorge Greno ao se desmentir a si próprio e ao acusar, levianamente, o BE de mentir, revelou não assumir uma atitude de honestidade e seriedade política que mais que desejável consideramos indispensável.
Deste modo, o Bloco de Esquerda, apenas pode tomar a seguinte posição: pedir a demissão do Vereador Jorge Greno, por não reunir as condições necessárias de confiança política.
Rousseau, nunca se quis assumir como filósofo ainda que estivesse, de facto, na posse de um sistema notavelmente criador, sistema esse que, adopta uma particular perspectiva metodológica, fazendo-nos recuar até a um local de análise, meramente hipotético e mesmo impossível, de qualquer modo, local de referência paradigmático a partir do qual se torna possível pensar e que decorre de uma intuição fundadora que consiste no desenvolvimento do princípio de que: “ a natureza fez o Homem feliz e bom mas, a sociedade deprava-o e torna-o miserável”.
Apelidam-nos de esquerdistas e inventores de mentiras.
É bom que, o visado respeite o eco da sua voz, que foi audível a toda a gente, para que não se agrida intelectualmente e, que o retorno da sua mente não seja um eco de contradições e desonestidade política. Se assim for, que tenha ao menos, uma vez, a verdade pelo seu lado… demita-se!
Aveiro, 26 de Dezembro de 2006
Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
posted by OLHO NU at 31.12.06
1 Comments:
Bom dia.Vou tentar entrar neste novo ano,e neste blog,na desportiva...Falemos de dicionários...falemos do significado das palavras...
Desporto,a olho nú,terá sem duvida o significado aqui descrito,mas há que não esquecer,que muito boa gente,traz o olho vestido,ou seja,de pála,como tal,o seu ângulo de visão é restrito,ou então,desportivamente andam essas mesmas pessoas e ginasticar o dinheiro dos contribuintes em malabarismos nunca antes imaginados,(irra,mas isto soa-me a algo escrito por alguém que também usava olho vestido),ou em infra-estruturas nunca antes necessárias.
A CMA,sabe de antemão,que a população já tem muito onde praticar desporto,ou seja,salta a corda,28,29,30 ou 31 dias por mês,fazendo a esparregata diariamente para que os seus euritos cheguem para encestar,no cesto(perdoem-me o pleonasmo) da EDP,SMAS,PT,STCP,atenção,tal como eu disse,não sou Aveirence,por isso,não sei se os nomes são os mesmos,mas garanto-vos que os serviços serão,só que lá está,mudam-se as cidades,mudam-se os titulos.
Inutilidades:qualidade de inútil;
falta de utilidade;
coisa sem préstimo;
incapacidade;
nulidade.Já repararam bem como a definição de inutilidades assenta tão bem em quem gere o pelouro do desporto?Palavras para quê?
Quanto ao assumir da divida da SAD,que haverá para dizer,senão que diferença faz assumir 40% ou os 100%?O dinheiro não é dele e não,cá estará o Zé Povinho para pagar,isto enquanto não tivermos a coragem de fazer aquele gesto celebrizado pelo Rafael Bordalo Pinheiro,ou seja,"Toma".
5 dias depois?Vá lá,até nem foi muito,afinal Cristo que era Cristo,demorou 3 dias a ressuscitar.
Apesar de inaudível,deixo aqui o meu grito:Demita-se Sr Jorge Greno
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