quarta-feira, março 07, 2007

PRAÇA ALDEÃ

PRAÇA ALDEÃ

Na minha aldeia existe uma praça.
Nela, desaguam todas as ruas e,
Por lá passa um povo triste…

Sob o olhar do velho António,
Viúvo da vida e do resto.

Tantos anos sem sol que se veja
Por entre nuvens de amarguras,

Contidas nos grãos do trigo tombado
Com suor e lágrimas de saudade…

A companheira de tantos curtos anos,
Sucumbiu aos pulmões de pó.
Tantas lembranças junto daquela lareira…

Pensamentos de chamas da vida contida,
e… agora, tudo se apagou!

O António não aguenta mais…
Um dia destes, vai no encalço da companheira.

A luta vai terminar… como tudo o que começa.


OLHO NU