A PISTA DE REMO E O "PEIXE MIÚDO"
NA PISTA DE REMO, PEIXE MIÚDO NÃO SABE NADAR
Uma desgraça nunca vem só… diz o povo. Efectivamente, no banco dos, mal sentados, mais um utente se juntou ao meu caro, circunstancial Pires da Rosa. Sim, no pedestal daqueles que fazem Ágora contra a construção da Pista de Remo. Nada mais nem menos que, o Sr. Presidente da ANAFRE (órgão representante das Freguesias), Armando Vieira, a propósito do pretenso melhoramento da rede viária do município, diz lhe parecer, ser a rede viária mais importante que, a construção da Pista de Remo uma aspiração que os aveirenses, e não só, alimentam há cerca de 50 anos. Obviamente, misturar asfalto com água só pode dar lama e peixe sufocado. Não sabe que, Aveiro deve ter como imagem de marca as actividades náuticas e, para seu gáudio cultural e desportivo, ser um dos campeões em tudo o que à água respeito diz. De facto, Armando Vieira não sabe o que é uma Pista de Remo e aquilo que a envolve… não há meio de acertar uma! Nem como defensor dos Fregueses se vê o que veio de novo e benéfico às Juntas de Freguesia no seu mandato de líder da ANAFRE! Que se veja nada, ou seja, talvez o facto do seu PSD em parceria com o PS estar a aprovar uma lei que, retira o poder aos presidentes das Juntas de votar nos orçamentos camarários, seja a única novidade!
O Sr. Presidente da ANAFRE anda distraído… devia ter-se lembrado da reparação da rede viária aquando da aprovação da construção do estádio para o euro 2004. É que os milhões que se gastaram com aquela desnecessária infra-estrutura, dava para termos uma rede viária de luxo, algumas piscinas, boa rede escolar e uma Pista de Remo com valências diversas; pesca, canoagem, parque de lazer, pistas de BTT, áreas de lazer, recuperação ambiental daquela degradada zona, pista de natação, zona lúdica, benefícios para a moribunda actividade agrícola, garantia de permanência da indústria de celulose, etc, etc.
Tenho, na minha vida, muitos anos a viver o Remo, desde quando nos anos 50, no Rio Novo do Príncipe se realizaram regatas luso brasileiras e campeonatos nacionais, com barcos de madeira, passando pela qualidade de dirigente e lutador pela construção daquela infra-estrutura desportiva que, Aveiro já devia possuir há muitos anos, mau grado os espíritos mesquinhos que fizeram da cidade, até há poucos anos, uma aldeia lagunar e pouco mais. A instalação da universidade veio tirar-lhes o recato sono, tornando a cidade num valioso meio cosmopolita.
Em 2006 visitei várias Pistas de Remo na Europa… França, Holanda, Bélgica, Itália e Espanha. Dessa visita foi elaborado um relatório técnico para facultar à Câmara Municipal de Aveiro conhecimentos sobre a construção e gestão da Pista. Portanto, sei bem daquilo que falo e, nem ao Secretário de Estado, Laurentino Dias reconheço boas capacidades sobre a sua própria decisão de investir na Pista de Montemor… a esse Sr. só digo que, o futuro da Pista de Montemor, vai ser a canoagem em predominância e Remo ocasional, devido há estrutural falta de boas condições para a realização de Provas de Remo nacionais e internacionais. Remadores holandeses e belgas com quem contactei, conhecedores da Pista de Montemor, disseram-me o pior que se pode imaginar daquela Pista e que, no norte da Holanda, na cidade de Groningen, uma Pista de Remo recentemente construída, foi encerrada por ter condições análogas.
Quanto às ultimas declarações, desfavoráveis, do Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Remo, relativamente à construção da Pista do rio Novo do príncipe, fica manifestamente sentado no chão… nem direito tem ao banco e/ou pedestal dos nossos conterrâneos. Para o Sr. Rascão Marques fica a seguinte afirmação: - “ o que tu queres, sei euuuuuu!”, ou seja; o problema de Rascão Marques é tão só e unicamente o de saber que, após a entrada em funcionamento da Pista do Rio Príncipe, a “sua” quinta da Pista de Montemor ficará relegada para 2º lugar. E, quanto à grandiosidade do Remo português ser de escala baixa, isso deve-se quase exclusivamente a mentalidades parceiras da do Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Remo e Sr. Laurentino Dias que, de Remo, só conhecem o “Remo de ribeira”!
Finalmente, aos dois fazedores de opinião, Pires da Rosa e Armando Vieira deixo este recado: - Procurem, melhor, saber algo mais sobre este assunto e venham cá, a Cacia, que, além de umas gratuitas lições de Remo, vos ensino com a melhor das vontades, os caminhos para o Rio Novo do Príncipe porque, deviam conhecer e estar convictos da necessidade de Aveiro ter Remo como forma de se afirmar por aquilo que a distingue das demais… a cidade da água!
Jorge Afonso
(publicado no "Diário de Aveiro" e "Ecos de Cacia" de 23 de janeirro)
1 Comments:
Virei em breve ler e comentar com atenção,prometo:o)
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