sexta-feira, abril 20, 2007

ATERRO SANITÁRIO

ATERRO SANITÁRIO, UMA “BOMBA” AMBIENTAL

Na recente visita dos deputados municipais ao aterro sanitário de Cacia, criado pelo Decreto – Lei 166/96, e concessionado à ERSUC, certifiquei-me de ocorrências diversas, do interesse de todos os munícipes que, na qualidade de deputado municipal,
cumprindo as minhas obrigações de eleito e para esclarecimento de todos, aqui vou descrever.
Os cidadãos não têm qualquer controlo, próprio, do funcionamento do Sistema de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos do Litoral Centro (assim se designa “aquela coisa”) concessionada à ERSUC.
A ambientalmente martirizada Freguesia de Cacia, a Sul recebe, ali, o lixo urbano de vários municípios da região e, a Norte, (ETAR Norte) as fossas dos municípios da ria AMRIA, vulgo SIMRIA, passando por algumas indústrias que também ajudam à “missa”! E as incidências ambientais do Aterro Sanitário em todas as comunidades afectadas? Onde estão as compensações ambientais de milhares de árvores abatidas naquela zona?
Embora exista uma estação de tratamento dos líquidos escorrentes, não vi totalmente garantidas as precauções contra a infiltrações freáticas, provenientes das células do chamado lixo não reciclável, das quais os moradores mais chegados se lamentam e que ninguém soluciona. Os senhores administradores da ERSUC merecem beber um copo de água dos poços circundantes!
A célula encerrada não se encontra definitivamente selada, libertando assim gases para a atmosfera… caso para dizer: os filhos nunca cheiram mal aos pais!
Existe um equipamento de tecnologia alemã para produção de energia eléctrica com a queima dos gases provenientes da célula encerrada mas, inactivo.
Nada nos foi mostrado sobre a protecção sanitária de quantos ali trabalham… existe sistema de exames médicos aos trabalhadores daquela infra-estrutura?
Alguém pensou em fazer um estudo sobre mutação genética de milhares de gaivotas que, há cerca de dez anos ali vivem? Estas aves não sabem pescar e servir-se de outro tipo de alimentação além dos restos que ali são depositados. Quando o aterro encerrar, vão ter dificuldades de sobreviver. A maior parte morrerá… a não ser que os senhores administradores da ERSUC as alimentem com algumas das suas próprias “postas de pescada”. E as fezes destas aves estarão a envenenar algo?
A linguagem da ERSUC cataloga, “condena e culpa” todas as pessoas a produtores de lixo. Este tipo de linguagem é uma farsa… no caso das embalagens, os cidadãos não passam de meros utilizadores pois, os produtores das embalagens são as industrias.
Qual o futuro daquela zona? O que está previsto para toda aquela área? Quais as compensações para as populações afectadas?
Por estas e outras razões de ordem diversa se comprova que, a proposta de uma Comissão de Acompanhamento do Aterro, que fiz na Assembleia Municipal devia ter sido aprovada e constituída. Assim não foi porque, a cegueira e a incompetência políticas da Maioria PP/PSD não o permitiu.
As populações sofrem com os cheiros, mosquitos, águas inquinadas, a incompetência e jogos de interesses de uma grande parte dos políticos por si eleitos.

1 Comments:

Blogger deixas_em_mim said...

Boa tarde OLHO NU.
É sem duvida, de grande importância, que todos os cidadãos tenham conhecimento das ocorrências por si descritas.
Um copo de agua? Gostava de ver a coragem desses senhores...
Quanto à célula encerrada, eu acho que falta aí algo, pois pelos gases libertados, eu completaria o dito popular: os peidos e os filhos, nunca cheiram mal aos pais, eheheh.
Aproveite-se esses gases, para o carnaval.
Quanto ao equipamento alemão, inactivo, não é de esperar outra coisa, ou está a esquecer-se que estamos em Portugal?
Senhor OLHO NU, não me diga que quer matar as gaivotas? É que as postas de pescada dos administradores da ERSUC, já estarão certamente, em estado de potrefação, e já exalam um odor mais nauseabundo do que o dos gases que ali se libertam, tenha pena dessas aves...eheheh.
Começo por perguntar, se esses senhores não usam, no seus lares, embalagens!?!
Mas, deixe-me agora ressalvar isto; realmente, nós não somos os produtores do lixo, mas temos a nossa cota parte de culpa, quando vamos às compras, há que ter o cuidado na escolha, há muitas embalagens que não se pode evitar, mas há algumas, que sim.
Quanto ao futuro daquela zona, à boa maneira portuguesa, será sempre o aterro, ou o cemitério do aterro, com os restos mortais do mesmo, por lá espalhados ad aeternum.
E agora tenha cuidado, porque com tanto mosquito por lá, não vá ser intitulado de melga, de tanto zumbir ao ouvido desses senhores :).

Espero que fique claro claro,que este, assim, como todos os outros comentários por mim feitos aos seus posts, são puramente políticos

7:51 da tarde  

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