segunda-feira, outubro 29, 2007

A VIDA DE ZÉ DO TELHADO




O NOSSO, “CHE… DO TELHADO”

José Teixeira da Silva, vulgo Zé do Telhado foi, na essência, salvo as devidas distâncias de contexto, o nosso Che Guevara. De facto, assim continua a sua memória entre quem dele ouviu histórias e de quem algo conhece da sua atribulada existência que, grosso modo, consistia em… subtrair aos ricos para, distribuir pelos pobres.
Em rigor, verdade se diga, nem sempre assim foi, apesar de escassos terem sido os assaltos a alguns, arrogantes, remediados. Rigorosa foi a sua postura, sempre, a favor do mais fraco, independentemente da sua condição social e, das vítimas dos poderosos de então. Devido a este comportamento, tornou-se num marginal, um fora-da-lei, por necessidades, opção sua e porque a Lei, apesar de Lei, nem sempre é promotora de justiça.
Vivia na aldeia de Castelões de Recezinhos, município de Penafiel, onde nasceu em 1816, com a família, sendo um jovem do campo, inteligente, de bom porte físico, trabalhador e bastante sociável. Em suma, era o orgulho daquela pacata aldeia. Tornou-se homem muito cedo já que, aos catorze anos saiu de casa começando por abraçar a profissão de castrador e de curandeiro de animais, actividade conhecida pela designação de “alveitar”, ou seja, veterinário não diplomado.

A primeira contrariedade da sua vida foi o amor escondido que tinha com a sua prima Aninhas, ao qual, o seu tio e pai daquela bela donzela, um ex-soldado das fileiras de Napoleão que, aquando das invasões francesas, por cá ficou, não dava tréguas nem consentimentos. O amor entre os dois, esse, resistiu pelos anos fora até se consumar o enlace… o Zé nunca foi homem de desistir.
Entretanto, chegou a vida militar e, lá foi rumo a Lisboa. Rapidamente, devido à sua subtil inteligência e bravura se tornou no orgulho dos oficiais do Regimento onde serviu, sendo conhecido no meio pelo “soldado do Norte”. Foi na vida militar que a sua vida começou a projectar o Zé do Telhado que conhecemos. A falta de entendimento entra os protagonistas políticos de então, levou à guerra civil entre Setembristas e Cabralistas, na qual o nosso Zé se viu envolvido, lutando pelos Setembristas, ao lado do Marquês, Sá da Bandeira. Entretanto, o pai da Aninhas acaba por aceitar o enlace da sua filha Aninhas com o seu sobrinho Zé do Telhado, goradas as ideias peregrinas de a ver casada com um dos abastados ricos pretendentes da região. Com a breve acalmia da guerra civil, regressou a Lousada, onde vivia a sua amada a fim de consumar o casamento. Assim aconteceu, tendo, regressado à vida das feiras e práticas de “alveitar”.
Entretanto, a guerra civil retoma o país, agora mais sangrenta que nunca devido ao envolvimento popular. Zé do Telhado deixa a seu pacato viver de aldeão e, de novo, volta a participar na guerra, apresentando-se ao serviço da Junta Militar de Sá da Bandeira, na mui nobre e sempre leal, cidade do Porto. Uma das Leis de Costa Cabral, que na época mais revoltou a população, foi a da proibição de sepulturas dentro das igrejas, levando à revolta, liderada por mulheres que enfrentavam as autoridades com todas as alfaias utilizadas nas lides do campo, conhecida pela; “A Revolta da Maria da Fonte”. Por esta altura, devido às suas boas capacidades, Zé do Telhado é promovido a sargento passando a comandar o pelotão de cavalaria da escolta do seu general Sá da Bandeira. A bravura do nosso sargento em actos militares contra os actos de roubo, violações de mulheres e saques praticados pelos “Cabralistas”, e o facto de ter salvo a vida ao seu general, este condecorou-o com a medalha de “Torre de Espada”!
Devido ao superior poderio dos Cabralistas, as hostes Setembristas sofrem uma pesada derrota na batalha de Valpaços, levando a uma reorganização dos combatentes. A falta que Zé do Telhado sabe estar a fazer à sua família leva-o por alguns dias à aldeia, onde é recebido como um herói! Por sua vez, a Aninhas, persistentemente, tentava persuadir o seu marido a não continuar a participar na guerra até porque, a situação financeira da família era débil porque, o Zé gastou as economias familiares com a guerra em que, empenhadamente, participava. Determinado, volta à guerra participando numa revolta dos presos da cadeia de Lisboa. O país está ingovernável! A rainha D. Maria II e os seus aliados cabralistas pedem ajuda a espanhóis, franceses e ingleses e estes, entrando no país, dizimam tudo aquilo que seja político. Com a assinatura da Convenção do Gramido, acordada entre os beligerantes, em 1847 no Porto, termina aquela sangrenta guerra civil. Começa a entrega das armas sob a ameaça dos cárceres do Forte de Peniche e das galerias da fortaleza de Almeida. É o fim da carreira de guerrilheiro resistente, do sargento patuleia José Teixeira, vulgo Zé do Telhado e o seu regresso à aldeia de Sobreira.

O nosso leal Zé do Telhado ainda pensou que, o seu general Sá da Bandeira lhe arranjasse um bom emprego pelos serviços prestados, para fazer frente à situação de miséria em que a família se encontrava… Zé do Telhado gastou todo o dinheiro que tinha e hipotecou todas as propriedades que possuía para ajudar a luta contra os Cabralistas. Bem esperou mas, nada! Com a miséria dentro de casa, Zé pede ajuda batendo a várias portas… todas se fecham incluindo a do padre seu compadre e padrinho da sua filha! Agora, com a vitória dos “Cabralistas”, ninguém conhecia o fiel lutador Zé do Telhado. Ao chegar perto de casa, Zé ouve os filhos a pedirem pão à mãe Aninhas. Era demais! Zé não consegue suportar mais aquela situação e decide roubar para matar a fome aos seus.
O primeiro roubo foi a um modesto pedreiro. Zé pergunta-lhe: quantas moedas trazes? Tenho dez mas, foram ganhas honestamente com o meu trabalho! O nosso Zé diz-lhe: dividimos isso… dá cá cinco e fica com outras cinco. Anos volvidos, Zé do Telhado viria a devolver as cinco moedas ao modesto trabalhador.
Entre lamentos da sua situação e a realidade, Zé integra-se na famosa quadrilha do conhecido “Boca Negra” onde militava o seu irmão Joaquim do Telhado. Os assaltos sucederam-se, nas regiões da Beira Alta, Beira Baixa, Vale do Sousa, etc. A fama de Zé do Telhado depressa se espalhou pela região. Aninhas, não suporta aquela situação e trata de arranjar formas do marido ir para o Brasil mudar de vida e limpar a reputação da família. Zé do Telhado viaja para o Estado do Rio Grande do Sul, naquele grande país em busca de alguma riqueza.
No Brasil, Zé retoma o seu trabalho de “alveitar” e, bem sucedido. Zé é informado que, o dinheiro que envia para a sua Aninhas nunca lhe chega às mãos. A raiva e as grandes saudades dos filhos e da sua querida Aninhas, tomam-no, fortemente, e decide voltar à sua aldeia…ainda mais pobre do que nunca. Regressa igualmente aos assaltos e à distribuição dos roubos pelos necessitados, integrado no mesmo bando, entre a “honra” da substituição do chefe Custódio, o “Boca Grande” e a presença na quadrilha, do seu inimigo de estimação, José Pequeno. Os assaltos estendem-se, agora, às regiões do Alto Douro, Minho e Trás-os-Montes.

Pela iniciativa do governador de Lousada, que pede reforços militares, começa a perseguição das Autoridades a Zé do Telhado. Com a destreza e valentia que o caracterizam, lá vai escapando e enfrentando as forças militares. O cerco aperta-se, cada vez mais! O administrador do Marco de Canavezes empreende uma perseguição, sem tréguas ao quadrilheiro, contando com a colaboração do traidor José Pequeno que, dá informações sobre o seu chefe. Zé do Telhado vai no encalço do sanguinário e traidor José Pequeno. Encontra-o e, depois de uma farta luta vinga-se, cortando a língua ao delator José Pequeno que, acaba por morrer, facto que constitui motivo para festejo dos aldeões das redondezas. Zé Pequeno era um sanguinário ladrão. A perseguição das autoridades ao Zé torna-se implacável… este já não tem onde esconder-se. Aconselhado pelos mais fiéis amigos, pensa em voltar ao Brasil. Assim decide e viaja até ao Porto para, clandestinamente tomar o barco de destino. Pelo caminho, pede asilo, por alguns dias, à dona da Casa do Carrapatelo, D. Ana Vitória, a quem já assaltara. Dona Vitória fica surpreendida mas, recorda com reconhecimento, o respeito que Zé do Telhado exigiu aos seus parceiros de quadrilha e, acede a dar-lhe guarida. Dias depois, em segredo, Zé toma o barco em Massarelos mas, é denunciado por um delator que o viu entrar no navio. O administrador de Marco de Canavezes consegue, finalmente, apanhar Zé do Telhado! Preso na cadeia da Relação do Porto, é julgado dois anos depois, no Tribunal de Marco de Canavezes e, condenado ao degredo perpétuo com trabalhos públicos, em África. É transferido para a cadeia do Limoeiro em Lisboa. Dali é embarcado no “Pedro Nunes” e lá vai para o degredo em África de onde, nunca mais regressará.
Mesmo em África, Zé era estimado por todos, gozando de poderes e algumas liberdades.
Faleceu em 1875, em Xissa, Malange, onde ficou sepultado.

Estou certo que, o facto de Zé do Telhado ser uma figura incomodativa para certa burguesia “bem pensante”, não recolhe, senão nas bocas do povo, o reconhecimento de figura marcante de uma das fases da história de Portugal.



Jorge Afonso

(publicado in Diário de Aveiro de 29 de Outubro de 2007)

domingo, outubro 28, 2007

RANKING'S ESCOLARES





(Do Blog Da Crítica da Educação à Educação Crítica)


Os ranking's de trazer por casa

Mais uma vez vêm atirar poeira para os olhos de muitos com a novela dos rankings das escolas. A associação das escolas do ensino privado, inchada pelo facto de o top ten estar quase todo preenchid0 por escolas privadas atreve-se a tirar a brilhante conclusão: "o Estado mostra que não tem vocação para ensinar". E um sujeito a proclamar a grande solução do cheque ensino: "quem paga é o estado, quem ensina somos nós os privados". Coisa que já foi aplicada em alguns lados e com o resultado de cavar mais o fosso entre os ricos e os pobres, que é coisa que em Portugal estamos a fazer cada vez melhor.
Os jornalistas a mando dos patrões dos jornais e televisões cada vez mais condicionadas às leis do lucro e dos interesses privados, vão às escolas da pretensa elite entrevistar meninos queques e professores de meninos queques ou directores de escolas de meninos queques, e perguntam-lhes: qual o segredo? E eles respondem: o segredo são os alunos e os professores daquelas escolas.
E os jornalistas vendidos à necessidade de fazerem pela vidinha não perguntam aos professores: será que vocês estariam no ranking como professores se estivessem em escolas rodeadas de contextos sociais desfavorecidos? Nem perguntam aos alunos: se vocês tivessem as condições de vida que muitos jovens têm, se os vossos papás não tivessem o dinheiro necessário que é mais que muito para vos meterem nesta escola e vos metessem nas escolas onde andam os outros, será que vocês fariam parte dos rankings?
Enfim, umas perguntinhas que nunca teremos a oportunidade de ver ou ouvir na nossa comunicação social pública nem privada. Isto está tudo muito bem combinado...





(Retirado do Blog OutrÒÓlhar)


"O problema com os "rankings" escolares é que provavelmente as melhores escolas são feitas pelos melhores alunos, ou seja, os oriundos das elites sociais, com melhores condições de sucesso escolar, e que, muitas vezes, ainda seleccionam os seus alunos. A correlação inversa, entre as escolas menos bem classificadas e a origem social menos favorável dos alunos, também é em geral verdadeira. A escola que ficou mais bem classificada seguramente ficaria longe dos primeiros lugares, se tivesse os alunos da pior; e a escola com piores resultados daria uma grande salto na classificação, se tivesse os alunos da melhor.
Como habitualmente sucede, os comentadores puseram em relevo o domínio das escolas privadas no "top ten"; deveriam também assinalar a larga representação de escolas privadas entre as piores. Ao contrário do que pretendeu insinuar, não existe uma equação biunívoca entre escola de qualidade e escola privada."
- VITAL MOREIRA

POUPAR ENERGIA NO COMPUTADOR

Google negro

Quando o monitor está todo branco (uma página do Word, por exemplo), o computador consome cerca de 74 watts.
Quando está todo preto, utiliza, em média, 59 watts. Partindo deste princípio, há alguns meses atrás, Mark Ontkush escreveu um artigo sobre a economia que poderia ser feita se a página do Google possuísse um fundo preto em vez de branco.
Levando em conta a altíssima popularidade do portal, seriam
economizados,segundo os cálculos de Mark, cerca de 750 megawatts/hora por ano.
Em resposta à postagem, o Google criou uma versão toda escura do seu search engine chamada www.blackle.com, que funciona exactamente igual à versão original mas consome menos energia.

domingo, outubro 21, 2007

OS PREÇOS DA GASOLINA, NO MUNDO

Ainda bem que vivemos no 1º mundo e ganhamos tao bem....

Coitadinhos desses desgraçadinhos que vivem no 3º mundo como os Iranianos ou como os Venezuelanos.

Viva o nosso governo que quer aumentar ainda mais o ISP !!!



PROGRAMAS GRATUITOS 3

Download managers:
Free Download Manager - http://www.freedownloadmanager.org/
Fresh Download - http://www.freshdevices.com/freshdown.html
LeechGet - http://www.leechget.net/en/
Retriever - http://www.halogenware.com/software/retriever.html
Star Downloader - http://www.stardownloader.com/downloads.php
Sun Download Manager - http://www.sun.com/download/sdm/index.xml
wackget - http://millweed.com/projects/wackget/
wget - http://xoomer.virgilio.it/hherold/
WellGet - http://www.wellget.com/

Encryption and data security:
Axcrypt - http://axcrypt.sourceforge.net/
Blowfish Advanced CS- http://web.bsn.ch/lasse/bfacs.htm
Eraser - http://www.heidi.ie/eraser/default.php
File Shredder - http://www.sys-shield.com/fileshredder.htm
KeePass - http://keepass.sourceforge.net/
GnuPG - http://www.gnupg.org/
PGP Freeware - http://www.pgp.com/products/freeware.html
PicoCrypt - http://picofactory.com/picocrypt.html
TrueCrypt - http://www.truecrypt.org/
WindowsCleaner - http://www.winnowsoft.com/internet-eraser.htm

File Managers:
2xExplorer - http://netez.com/2xExplorer/
A43 - http://www.shawneelink.net/~bgmiller/
ExplorerXP - http://www.explorerxp.com
freeCommander - http://www.freecommander.com/index_en.htm
Gyula's Navigator - http://www.wanari.com/
JExplorer - http://home.megapass.co.kr/~woosjung/
MeeSoft Commander - http://meesoft.logicnet.dk/

File repair and recovery:
PC Inspector File Recovery -
http://www.pcinspector.de/file_recovery/UK/welcome.htm
< http://www.pcinspector.de/file_recovery/UK/welcome.htm%C2%A0>

Firewalls:
Jetico Personal Firewall - http://www.jetico.com/index.htm#/jpfirewall.htm
Kerio (Kerio Personal Firewall is FREE for home and personal use) -
http://www.kerio.com/kpf_home.html
NetVida Safetynet - http://www.netveda.com/consumer/safetynet.htm
Outpost Firewall (version 1 is free) -
http://www.agnitum.com/download/outpost1.html
SoftPerfect Personal Firewall - http://www.softperfect.com/products/firewall/
< http://www.softperfect.com/products/firewall/+>
Sygate - http://smb.sygate.com/products/spf_standard.htm
Wyvern Firewall 2004 - http://www.wyvernworks.com/firewall.html



FTP Clients:
CoreFTP - http://www.coreftp.com/
Filezilla - http://sourceforge.net/projects/filezilla
miFiles - http://www.simdata.com.au/mifiles.html
SmartFTP - http://www.smartftp.com/


FTP Servers:
Cerberus - http://www.cerberusftp.com/
FileZilla - http://filezilla.sourceforge.net/
Golden FTP Server - http://www.goldenftpserver.com
Quick 'n Easy FTP Server - http://www.pablovandermeer.nl/ftp_server.html
SlimFTPd - http://www.whitsoftdev.com/slimftpd
TYPSoft FTP Server - http://en.typsoft.com/
WarFTPD - http://www.jgaa.com/

domingo, outubro 14, 2007

Sócrates, o ditador (por António Barreto)




A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.

Entre estes, está o facto de o candidato à Autarquia se ter afastado do Governo e do Partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.

A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.

Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.

Manuel Alegre resiste, mas já não conta.

Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.

Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.

Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.

Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.»

MAIS DO "MESMO"

terça-feira, outubro 09, 2007

IMPRESSIONANTE!!!

domingo, outubro 07, 2007

CURIOSIDADES DESTE PAÍS

sexta-feira, outubro 05, 2007

JUNTAS MÉDICAS...

PROGRAMAS GRATUITOS 2

CD/DVD Burning:
Burn4Free - http://www.burn4free.com/
Burnatonce - http://www.burnatonce.com/
Burrrn - http://www.burrrn.net/
CDBurnerXP - http://www.cdburnerxp.se/
CDRDAO - http://cdrdao.sourceforge.net/
CDR Tools Frontend - http://demosten.com/cdrfe/
Deepburner - http://www.deepburner.com/
DVD Decrypter: http://www.dvddecrypter.com/
Easy Burning, DropCD & Audio CD - http://www.paehl.de/cdr
ImgBurn - http://www.imgburn.com/

Compressao / Descompressao:
7-zip - http://www.7-zip.org/
bzip2 - http://sources.redhat.com/bzip2/index.html
ExtractNow - http://www.extractnow.com/
FilZip - http://www.filzip.com/
Info-Zip - http://www.info-zip.org/
IZArc - http://www.florida.plus.com/izarc/
QuickZip - http://www.quickzip.org/
TUGZip - http://www.tugzip.com/
UPX - http://upx.sourceforge.net/
Zip&Go - http://www.handybits.com/zipngo.htm
Zipgenius - http://www.zipgenius.it/

Defrag Software:
DIRMS & Buzzsaw - http://www.dirms.com/
OpenVMS - http://www.execsoft.com/freeware/freeware.asp

Desktop Enhancements:
AveDesk - http://www.aqua-soft.org/board/showthread.php?t=17372
CursorXP - http://www.stardock.com/products/cursorxp/download.html
Desktop Sidebar - http://www.desktopsidebar.com/
Filehand - http://www.filehand.com/ < http://www.filehand.com/>
Glass2k - http://www.chime.tv/products/glass2k.shtml
Kapsules - http://kapsules.shellscape.org/
Konfabulator - http://www.konfabulator.com/info
Lost Goggles - http://www.lostgoggles.com/
MobyDock - http://www.mobydock.com/
Panorama - http://www.ivory.org/panorama.html
RunFast - http://www.idiogensoftware.com/runfast/index.htm
Samurize - http://www.samurize.com/
SlickRun - http://www.bayden.com/SlickRun/
Snippy - http://www.bhelpuri.net/Snippy/
TaskSwitchXP Pro - http://www.ntwind.com/taskswitchxp/
tclock2 - http://home.inreach.com/2tone/tclock2/tclock2.htm
Trip - http://trip.glenmurphy.com/ < http://trip.glenmurphy.com/>
Weather Watcher - http://www.singerscreations.com/
WinRoll - http://www.palma.com.au/winroll/

quarta-feira, outubro 03, 2007

OS COMPUTADORES PORTÁREIS DO SIMPLEX...

Mais uma deste Governo!!!!!!



Ainda bem que alguns já começam a dar com o "logro" que é esta campanha do governo...

"Os computadores que a TMN propõe por quase 800 euros estão à venda na FNAC por 499 euros... e a FNAC tb oferece crédito que
acaba por sair mais barato do que a oferta do nosso governo socialista no âmbito do seu programa de choque tecnológico que fez as
paragonas dos jornais.
Mais uma vez estão a fazer os professores portugueses passar por parvos, aproveitando para fazer propaganda enquanto os amigos
vão metendo uns largos milhares de euros ao bolso. E o que me assusta é que tenho a certeza que não vão faltar professores para
cair na esparrela e comprar aquilo... e ainda ir dizer bem do governo e se calhar votar nos gajos na próxima oportunidade.
Enfim... quando eles finalmente caírem do poleiro já não vamos precisar de apanhar avião para estarmos no Brasil."
Se não acreditam investiguem, e... É só fazer as contas!...
Para comprovação é só clicar no link seguinte:

http://www.fnac.pt/pt/Catalog/Detail.aspx?cIndex=5&catalog=hardware&categoryN=Hardware
&category=computadoresPortateis&scategory=
computadoresPortateis&product=4333643071974
&minIndex=1&pageSize=8&orderBy=cy_list_price
&root=1&products=&template=Template%20Portatil&comp=1